terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Propinagem na Assembleia: taí a prova!

A Assembleia Legislativa acaba de derrubar o projeto de lei de autoria do deputado Stênio Rezende (PMDB), aprovado em maio, que permitiu a derrubada de pés de babaçu em áreas urbanas para a implantação de projetos econômicos, principalmente conjuntos residenciais. Com isso, fica valendo a lei anterior que proíbe a derrubada das palmeiras.
Stênio Rezende não tem comparecido na Assembleia
Os deputados derrubaram a Lei Nº 9.370. de 13 de maio deste ano, por conta das suspeitas que Stênio teria recebido R$ 1,5 milhão de empresários da construção civil para a apresentação do projeto. Pelo segundo dia consecutivo, o peemedebista não compareceu na Assembleia.
A votação foi por 28 votos, quatro contra e dez ausência. Votaram contra, ou seja, a favor da manutenção do projeto de Stênio, Raimundo Cutrim e Camilo Figueiredo (PSD), Vianey Bringel e o presidente da Casa, Arnaldo Melo (ambos do PMDB).
A denúncia foi feita em primeira mão pelo blog, após ouvir relatos dos próprios deputados sobre a negociata. Por conta da informação, o deputado Tatá Milhomem (PSD) pediu que a Mesa Diretora investigasse o caso. Arnaldo Melo encaminhou o caso à Corregedoria. O deputado Bira do Pindaré (PT) já recolheu 11 assinaturas para a criação da “CPI da Propina”. São necessários 14 para a criação da comissão.
A decisão da Assembleia de revogar a lei de Stênio é prova cabal que a propinagem rolou solta na aprovação do projeto. Se não fosse, não teria sido revogado com tanta urgência.
Foi o mesmo que aconteceu quando denunciei aqui que deputados estavam negociando emendas com agiotas. O deputado Raimundo Cutrim (PSD) chegou a propor uma investigação, rejeitada pelos colegas.
Quem cala, e agora quem muda, também consente!

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