terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Cegueira de mudança e gestão pública

Denomina-se ”cegueira de mudança”, o fenômeno ótico em que uma pessoa não nota alterações muito óbvias em sua frente porque o cérebro tende a ignorar informações não importantes àquele contexto apresentado. Ou seja, a pessoa não consegue enxergar coisas óbvias que estão debaixo do seu nariz.
Transportando os conceitos da “cegueira de mudança” da psicologia para o território da gestão pública, iremos verificar que muitos gestores também são afetados pelo fenômeno, já que não conseguem observar as mudanças que acontecem em torno deles e que poderiam fazê-los “acordar” para a necessidades de implementar novas práticas de gerir os negócios públicos.
Há gestores que pararam no tempo e, por isso, são incapazes de perceber que a sociedade está em constante estado de mudança.
São gestores que não possuem projetos modernos, não compreendem as vocações econômicas do município ou do estado que administram, não estão interessados em ter bons quadros técnicos ao seu lado, não focam em resultados, metas, enfim, administram a coisa pública com as costas viradas para o progresso e para modernidade.
O gestor público que sofre de “cegueira de mudança” não consegue somar, agregar, unir… Não lidera equipe de talentos, apenas chefia subordinados que lhes devem obediência, o tal “sim senhor”. Esse tipo de gestor não se importa com críticas, não tira ensinamento dos erros e muito menos cria oportunidades a partir das crises.
Nesse sentido, num mundo altamente competitivo, de cidadãos e cidadãs cada vez mais bem informados e conscientes do seus direitos, fica difícil o triunfo político de um gestor que sofre da “cegueira de mudança”, pois nunca a necessidade de mudar foi tão necessária como nestes tempos, sem falar que depois de mudar deve-se “transformar”.
Resumo da ópera: ou gestor muda ou povo muda de gestor.

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